segunda-feira, 18 de julho de 2011

JARBAS AGNELLI - UNA FONTE D'ISPIRAZIONE


LA MÙSICA DIETRO ALL' IMMAGINE

Ao  contemplar a imagem feita pelo fotógrafo Paulo Pinto, Jarbas Agnelli teve um "insight" - iluminação, discernimento ou do alemão "Die Einsicht"- processo ou possibilidade de ver dentro de alguma coisa. Ele enxergou uma pauta musical nos pássaros descansando nos fios de energia, em uma pequena cidade gaúcha, e decidiu criar uma melodia. Músico e publicitário talentoso transformou uma imagem em sons que são pura poesia. È diventata un successo. A criação ganhou  o Prêmio TOP 25 no Youtube Play Guggenheim - a Biennal of Creative Video em New York, Bronze no Festival Corto Circuito Create em Barcelona.
Jarbas Agnelli  comanda a AD Studio em São Paulo.




        "... ma la spirazione è capricciosa, solo si fà vedere
          quando vuole. Allora, quando ti chiama, rispondi."
                              Jarbas Agnelli - Propaganda do Itaú Personalité


.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ORIGINE DELLA LINGUA ITALIANA

O idioma italiano é cheio de variações linguísticas e emotivas.
Por isso é considerado, assim como o português, francês e
espanhol, melódico e atraente.



Il testo che oggi posto é un contributo dell'associato José
Alberti sull'origine della lingua italiana.

Até o Renascimento a "Europa era uma confusão de inúmeros dialetos derivados do latim que aos poucos, ao longo dos séculos, se transformaram em alguns idiomas distintos – francês, português, espanhol, italiano.


O que aconteceu na França, em Portugal e na Espanha foi uma evolução orgânica: o dialeto da cidade mais proeminente se tornou, aos poucos, a língua oficial da região toda.

Portanto, o que hoje chamamos de francês é na verdade uma versão do parisiense medieval. O português é na verdade o lisboeta. O espanhol é  essencialmente o madrilenho. Essas são vitórias capitalistas; a cidade mais forte acabou determinando o idioma do país inteiro.Na Itália foi diferente. Uma diferença importante foi que, durante muito tempo, a Itália sequer foi um país. Ela só se unificou bem tarde  (1861) e, até então, era uma península de cidades-Estado em guerra entre si, dominadas por orgulhosos príncipes locais ou por outras  potências européias. Partes da Itália pertenciam à França, partes à Espanha, partes à Igreja, e partes a quem quer que conseguisse  conquistar a fortaleza ou o palácio local.O povo italiano se mostrava alternativamente humilhado e conformado com toda essa dominação. A maioria não gostava muito de ser colonizada  por seus co-cidadãos europeus, mas sempre havia aquele bando apático que dizia:“Franza o Spagna,  purchè se magna” que, em dialeto,significa: “França ou Espanha, contanto que eu possa comer”.Toda essa divisão interna significa que a Itália nunca se unificou adequadamente, e o mesmo aconteceu com a língua italiana. Assim, não é  de espantar que, durante séculos, os italianos tenham escrito e falado dialetos locais incompreensíveis para quem era de outra região.Um cientista florentino mal conseguia se comunicar com um poeta siciliano ou com um comerciante veneziano (exceto em latim, que não  chegava a ser considerada a língua nacional).No século XVI, alguns intelectuais italianos se juntaram e decidiram que isso era um absurdo. A península italiana precisava de um idioma  italiano, pelo menos na forma escrita, que fosse comum a todos. Então esse grupo de intelectuais fez uma coisa inédita na história da  Europa; escolheu a dedo o mais bonito dos dialetos locais e o batizou de italiano.Para encontrar o dialeto mais bonito, eles precisaram recuar duzentos anos, até a Florença do século XIV. O que esse grupo decidiu que a  partir dali seria considerada a língua italiana correta foi a linguagem pessoal do grande poeta florentino Dante Alighieri.Ao publicar sua “Divina Comédia”, em 1321, descrevendo em detalhes uma jornada visionária pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, Dante havia  chocado o mundo letrado ao não escrever em latim. Considerava o latim um idioma corrupto, elitista, e achava que o seu uso na prosa  respeitável havia “prostituído a literatura”, transformando a narrativa universal em algo que só podia ser comprado com dinheiro,  por meio dos privilégios de uma educação aristocrática. Em vez disso, Dante foi buscar nas ruas o verdadeiro idioma florentino falado pelos  moradores da cidade (o que incluía ilustres contemporâneos seus, como Boccaccio e Petrarca), e usou esse idioma para contar sua história.Ele escreveu sua obra-prima no que chamava de dolce stil nuovo , o “doce estilo novo” do vernáculo, e moldou esse vernáculo ao mesmo  tempo que escrevia, atribuindo-lhe uma personalidade de uma forma tão pessoal quanto Shakespeare um dia faria com o inglês elizabetano.O fato de um grupo de intelectuais nacionalistas se reunir muito mais tarde e decidir que o italiano de Dante seria, a partir dali, a língua  oficial da Itália seria mais ou menos como se um grupo de acadêmicos de Oxford houvesse se reunido um dia no século XIX e decidido que – daquele ponto em diante – todo mundo na Inglaterra iria falar o puro idioma de Shakespeare. E a manobra realmente funcionou.O italiano que falamos hoje, portanto, não é o romano ou o veneziano (embora essas cidades fossem poderosas do ponto de vista militar e  comercial), e sequer é inteiramente florentino. O idioma é fundamentalmente dantesco.Nenhum outro idioma europeu tem uma linhagem tão artística. E, talvez, nenhum outro idioma jamais tenha sido tão perfeitamente ordenado para  expressar os sentimentos humanos quanto esse italiano florentino do século XIV, embelezado por um dos maiores poetas da civilização ocidental.Dante escreveu sua “Divina Comédia” em terza rima, terça rima, uma cadeia de versos em que cada rima se repete três vezes a cada cinco  linhas, o que dá a esse belo vernáculo florentino o que os estudiosos chamam de “ritmo em cascata” -  ritmo esse que sobrevive até hoje no  falar cadenciado e poético dos taxistas, açougueiros e funcionários públicos italianos.A última linha da “Divina Comédia”, em que Dante se depara com a visão de Deus em pessoa, é um sentimento que ainda pode ser facilmente  compreendido por qualquer um que conheça o chamado italiano moderno.Dante escreve que Deus não é apenas uma imagem ofuscante de luz gloriosa, mas que Ele é, acima de tudo, l’amor che move Il sole e  l’altre stelle...
 “O amor que move o sol e as outras estrelas...”

Texto de Elizabeth Gilbert.


As gírias são um capítulo à parte no estudo de uma 
língua e importantes pois representam a linguagem popular
e seu tempo na história de um idioma.   

Vi lascio qualche "SLANG"(gíria) degli italiani

Che palle - que chatice
Schiappa - ruim
Sfigato - azarado
Figo - legal, manero
Vabbé - tudo bem, ok
Bo - não sei
Cazzeggiare - divertir-se
Fare quattro passi - passear
Boccalone - fofoqueiro
Tappo - pessoa muito baixa
Fuori testa - desmiolado, maluco
Schifoso - nojento
Figurati - imagina
Volente o nolente - você gosta ou não
Roba da matti - louco

Para complementar o tema desta semana encontrei 
este vídeo do filme italiano La Palombella Rossa
com Nanni Moretti em magnífica atuação.