quarta-feira, 23 de novembro de 2011

LUCIANO LIGABUE



  Questo bello cinquentenne com uma voz densa e uma música inspiradíssima conquistou seu país já nos idos anos 90, e, desde então até o último CD, o 15º, intitulado "Arrivederci Mostro", o público italiano tem só elogios para Liga como é carinhosamente chamado por lá. Luciano Ligabue é natural de Corregio na região da Emilia-Romagna. Italianíssimo, mas, quando olho para ele lembro de um índio americano. É cantor, compositor, escritor e diretor filmográfico e merecia ser mais conhecido por aqui. 



"Come se gli angeli fossero lí
a dire che sì
è tutto possibile
come se i diavoli stessero un po'
a dire di no, che son tutte favole"



 Ai giovani che amano il rock e lo spettacolo


Vale a pena ir até o final do video para sentir  a vibração
do público quando Liga entra no palco




E mesmo se a letra é simples a melodia é bem estruturada. Ligabue transita elegantemente entre padrões musicais sem perder a noção de contemporaneidade e com a força de sua voz simplesmente encanta.





www.ligabue.com



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

LA CRISI DELLA POLITICA ITALIANA



                          CRISE NA POLÍTICA ITALIANA

Assistimos nestes últimos dias a crise da Zona de Euro chegando ao ápice, com a troca de governos na Grécia e, semana passada, na Itália, onde o Pres. do Consiglio, Silvio Berlusconi, não resistiu ao cenário difícil, tanto na política como na economia, e renunciou, além da Espanha que já está com eleições parlamentares previstas para breve.

O novo gabinete foi confiado ao economista e especialista em mercado europeu Mario Monti, que não fez carreira política, mas foi nomeado senador vitalício (biônico – lembram deste termo?) recentemente, e já anunciou os seus ministros na data de hoje. É o que chamamos de governo técnico, opção decorrente da dificuldade política em se formar um novo governo sem passar pelas necessárias eleições que parece não interessar a nenhuma das partes (esquerda/direita), já que não há ninguém capaz de aglutinar as forças de modo a conseguir comandar o “abacaxi”. Aliás, circulam piadas a respeito para todos os gostos quando o assunto é a crise política italiana: uma dela diz que “se fossem os militares a chegarem ao poder dessa forma seria golpe de estado; já que são os banqueiros/economistas, então se resolveu chamar governo técnico...” Outra é mais direta: “Se um Tremonti (Ministro da Economia e Finanças atual) não conseguiu resolver, um Monti só é que não vai mesmo...”

À parte a crise econômica que assola a Europa, temos problemas que vêm de longe e serão difíceis de resolver, qualquer que seja o governo: a máquina política italiana é composta de cerca 200mil pessoas, 630 deputados, 315 senadores, presidentes de províncias e regiões, 8mil prefeitos e 150mil conselheiros provinciais e comunais. Somente deputados e senadores custam 6,5milhões de euros/dia, o que irrita e distancia qualquer um das questões políticas.

Sempre se diz que o futuro pertence aos jovens, mas, devido ao desemprego – 9,1% em 2010, a estagnação econômica e as poucas perspectivas, os jovens acabam morando com os pais/avós até 30 ou 40 anos (os famosos bamboccioni – 70% deles), já que são os mais velhos que detém os benefícios que tanto custam ao governo. Ainda tem a questão dos imigrantes que fazem os trabalhos básicos a custo baixo (entre 500 e 1000 euros), o que não interessa aos italianos, mesmo porque poucos têm ambições em carreiras profissionais, devido às poucas oportunidades, que não permite muito a troca de gerações. Na Tunísia ou no Egito que recentemente passaram por mudanças radicais, os jovens são maioria, enquanto na Itália, são minoria.
 
Somente para manter a média de idade, 500mil imigrantes teriam que ser admitidos todo ano nas próximas décadas. O envelhecimento da população traz gastos imensos: 234bilhões de euros em 2009 somente para pagamento de pensões – 1/6 do PIB. Até por conta disto existe uma certa resistência ao uso da internet, à digitalização e à informatização dos serviços, aliada à burocracia e ao medo dos empregados em perder os seus empregos.

Ainda existem resquícios de machismo, com as mulheres recebendo bem menos que os homens, a cultua da mulher-objeto, o que explica mulheres lindas e desnudas na TV, também muito em função das idéias de mídia do próprio Berlusconi, que comandou o país nos últimos 17 anos. Além disso, feminismo, igualdade de sexos e liberação é “coisa de esquerda”. Não por acaso muitos expoentes do PDL são mulheres jovens e muito bonitas. Devido aos escândalos e à fragilidade da política, houve alguns protestos, como o de 13/02/2011, onde aproximadamente 1milhão de italianos saíram às ruas em 250 cidades, mas não houve maiores conseqüências até a queda do governo, por razões mais econômicas que políticas.

Comparada com países subdesenvolvidos e alguns do Leste Europeu a Itália tem uma situação confortável, sendo a pobreza na ordem de 13% comparada com os países desenvolvidos. Mães solteiras, os de menor formação educacional, imigrantes e idosos, e, por fim, os meridionais (estes quase ¼ são pobres) são os casos mais típicos.

10% das famílias reúnem 45% da riqueza nacional. Já 50% das famílias têm apenas 10% da riqueza, o que é considerado razoável para o padrão mundial, mas na Europa coloca a Itália nas posições inferiores neste quesito. Some-se a isso o custo dos imóveis, que, em 10 anos, aumentaram 83% os aluguéis.

Um país que não segue as regras pode ser o grande problema. Clientelismo, corrupção, abuso do poder público são alguns dos problemas que atrapalham o futuro. Crime organizado, máfia que chegou a ser exportada, trabalho in nero, não emitir NFs e tantas outras práticas complementam o quadro. A famosa raccomandazione de um amigo ou familiar é quase sempre inevitável. Muito parecida com a realidade brasileira, estes gargalos parecem condenar a mais décadas de dificuldades para a Itália. Por fim, uma ideia é que “devemos explorar os outros antes que nos explorem” não combina com o ambiente europeu, nos deixando mais próximos do Brasil e os países espanhóis, como estamos bem acostumados culturalmente, o culto da mediocridade.

O que esperar do futuro: Giuseppe Tommaso di Lampedusa, em seu livro Il gattopardo já profetizou que “os italianos são mestres em mudar sem alterar realmente as coisas.”

                                                                                               Texto de Luis Molossi


                    O HUMOR ESTÁ DE LUTO 
Com a saída de Berlusconi do comando da Itália os profissionais das Charges perdem um de seus principais colaboradores. Apesar de que temos aqui no Brasil uma equipe de colaboradores semanais. Ninguém ficará sem trabalho, deste nível, por muitos dias.





quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MOMENTO ITALIA BRASIL

Estes eventos fazem parte da abertura do Momento Italia Brasil/2011-2012 em Curitiba, do dia 05 até 09 de novembro de 2011. Vale a pena participar de alguma destas  iniciativas que nos mantém ligados à Itália de ontem e de hoje.

  V SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS BRASIL – ITALIA
V SEMINÁRIO DE TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS BRASIL - ITALIA








PUPI SICILIANI