terça-feira, 30 de agosto de 2011

IL GRANA PADANO


Un formaggio senza vino è come un ballo senza orchestra

Na semana passada nos dedicamos aos vinhos italianos
e, como não poderia ser diferente, hoje parleremo di formaggio 

Que tal um dos queijos italianos mais conceituados no mundo todo,
o GRANA-PADANO?

Vejam o processo de fabricação e curiosidades sobre o 
Queijo Grana-Padano feito em Guaraciaba/SC.



                        
Na Itália o Grana Padano é produzido em Torino,
Asti, Bergamo, Milão,  Piacenza, Ferrara e Cremona.

Então alguém me perguntou: 
- E o Parmigiano Reggiano que parece igual ao Grana?

Apesar de serem parecidos, são tecnicamente feitos da mesma maneira,
no sabor a diferença é perceptivel. As vacas que fornecem o leite para o
Parmigiano se alimentam somente de grama e feno enquanto que as vacas
que fornecem leite para o Grana Padano comem  outros alimentos.
E o Parmigiano Reggiano só pode ser produzido na Emilia-Romagna.



DICA DE VINHOS PARA SABOREAR COM O GRANA PADANO

Vinhos brasileiros - TINTO MIOLO  * Vale dos Vinhedos *  cabernet sauvignon
                                   ESPUMANTE SALTON  * Vale dos Vinhedos  *  brut  

Vinhos italianos - TINTO CESARE BOSCAREL  * Veneto  *  merlot
                               PROSECCO  * Veneto * Itália  

E quando o vinho e o queijo se encontram com os “oriundi”,
- o que acontece???

                   A “cantoria”

Numa serata no Restaurante Castello Trevizzo em Santa Felicidade,
em 20 de março de 1992, reunida a comunidade italiana, foi
sorteado um livro que tivemos a sorte de cair em nossas mãos, 
“...E CANTAVAM”.
Trata-se de um livro sobre os cantos dos imigrantes italianos no
 Sul do Brasil.



Como Mario Gardelin conta na apresentação do livro, os imigrantes 
cantavam tropo, cantavam nos “filó” aos domingos, cantavam nos
casamentos, nos almoços festivos e também enquanto trabalhavam. 
Cantavam para festejar e cantavam para esquecer. Os vales 
muitas vezes ressoavam com ecos sonoros.  Cantavam em italiano, 
milanês e em todos os dialetos do Vêneto.
Iniciamos hoje com uma canção muito conhecida por todos,

 “Sul Mare Luccica”.


Eu não poderia deixar de colocar este video......



GRAZIE JOSÉ ALBERTI PER L'APPOGGIO IN QUESTO POST

terça-feira, 23 de agosto de 2011

VINI D'ITALIA


Un vino, una storia.
Il segreto di un fascino passato 
indenne attraverso milleni, 
che ha saputo crescere e svilupparsi.


Com razão os gregos na antigüidade denominavam a Itália Enotria (terra do vinho). Ela possui, como a França, um mar de vinhos e com ela vem se alternando, de tempos em tempos, na posição de maior produtor e consumidor mundial de vinhos. Ainda que o número de vinhos maravilhosos da Itália não seja tão numeroso como na França, a ótima qualidade de muitos de seus vinhos é inquestionável.
A Itália possui vinte regiões vinícolas e entre elas destacam-se: o Piemonte, região de bons espumantes e de vinhos robustos entre os quais se destaca o grande  Barolo, denominado o vinho dos reis e-ou o rei dos vinhos; a Toscanao Jardim da Itália, com o seu popular Chianti e os grandes Brunello de Montalcino, o Sassicaia  e o Tignanello, três colocados entre os melhores vinhos do mundo; o Veneto dos populares Valpolicella e Bardolino; a Umbria do famoso branco Orvieto; o Lazio, região do alegre Frascati e a Emilia-Romagna do popular Lambrusco (esses dois últimos são vinhos frisantes muito adequados para o clima brasileiro).


Vini di Denominazione di Origine Controlata (DOC)

Vinhos de Denominação de Origem Controlada Essa foi a primeira qualificação dos vinhos italianos de qualidade, criada em 1963. É atribuída aos vinhos provenientes de cerca de trezentas regiões vinícolas delimitadas que podem ser uma pequena área, uma província ou uma área geográfica ainda maior. A sua quantificação é complicada, pois algumas regiões, como Valle d’Aosta e Chianti, possuem diversos vinhos de distritos diferentes, mas são contadas como uma única DOC.
Apenas cerca de 15% dos vinhos italianos pertencem às DOCs e são elaborados com tipos específicos de uvas para cada região e por métodos específicos de vinificação. Cerca de 850 vinhos possuem a designação DOC e, junto com os DOCG, representam apenas cerca de 20% dos vinhos italianos. Em algumas DOC existem sub-classificações, tais como: Riserva ou Vecchio, para vinhos envelhecidos maior tempo em madeira; Superiore, para vinhos de maior teor alcoólico ou maior período de envelhecimento.

 Vini di Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG)
Vinhos de Denominação de Origem Controlada e Garantida - Classificação criada em 1982, abrange os melhores vinhos da Itália. É atribuída aos vinhos de quatorze regiões dellimitadas (DOC): Barbaresco, Barolo, Gattinara e Asti, no Piemonte; Franciacorta, na Lombardia; Albana di Romagna, na Emilia-Romagna; Brunello de Montalcino, Carmigiano, Chianti, Vino Nobile di Montepulciano e Vernaccia di San Gimignano, na Toscana; Montefalco Sagrantino e Torgiano Rossso Riserva, na Umbria;Taurasi (na Campania)


 Os "Fora da Lei"
Alguns vinhos italianos considerados entre os melhores do país e do mundo,  classificam-se apenas como Vino da Tavola, por não se enquadrarem nas normas das DOC e DOCG (tipos de uva, métodos de vinificação, etc.) e, por isso, são apelidados de "os fora da lei". Entre eles destacam-se: Cabreo, Cepparello, Campofiorin, Darmagi, Flaccianello della Pieve, Gaja & Rey, I Grifi, Il Sodaccio di Monte Vertine, L’Aparitta, Le Pergole Torte, Ornellaia, Opera Prima, Sammarco, Solaia, Terre Alte, Tignanello, Toar, Torcolato, Venegazzu e Villa Pattono.



CARACTERÍSTICAS DOS VINHOS ITALIANOS


- O Barolo é um vinho que, modestamente os italianos chamam de "o vinho dos Reis" ou " Rei dos vinhos. Obra prima do Piemonte, oriundo da uva Nebbiolo, fica excepcionalmente à partir do 15º ano. Seco, tinto e bem escuro, com álcool à 12°C, é o acompanhamento perfeito para caças e as carnes.


- O Barbaresco, outra jóia do Piemonte, vizinho do Barolo, provém da Nebbiolo, só que deve ser bebido jovem a partir do 3º ano. Sua gastronomia recomenda as pastas com molhos e comidas condimentadas.


- O Valpolicella é um tinto do Vêneto, ligeiro delicado aroma de nozes. O clássico é o mais apreciado. Da mesma região é elaborado o Reciotto Della Valpolicella Amarone, um dos grandes vinhos da Itália.


- O Bardolino é um vinho tinto pálido, deve ser bebido jovem, provém de uvas regionais como o Corvina, a Molinara, a Negrara e a Rondinela. Deve ser servido fresco, por volta dos 16°C.


- O Verdicchino é produzido de 80% de uvas do mesmo nome e cortes Trebbiano e Malvasia. Vinho jovem e fresco, deve ser cosumido logo. Acompanha antepasto, massas leves e peixes;


- O Frescati é o vinho oriúndo de Malvasia, Candia e Trebbiano. Vinho seco com aroma pessoal e cor palha brilhante.


- O Gavi é um branco seco, semelhante aos Borgonhas. Oriúndo da uva Cortese, acompanha os frutos do mar.


- O Prosecco é um vinho espumante, originário da uva do mesmo nome, produzido próximo à Veneza (Valdobbiadene e Conegliano).


- O Lambrusco é um vinho jovem, frisante, leve. É completo como aperitivo.




Na semana passada o assunto foi  la birra della famiglia Zanin de Campo Largo, e nesta vamos conhecer um pouco sobre  i vini della famiglia Zonin da Toscana.





VINHO PREMIADO

Pela primeira vez o principal vinho da região dos Castelli Romani, um Frascati, foi premiado
pelo famoso Guia Gambero Rosso com "Tre Bicchieri". O prêmio do Guia de 2011 foi para 
o vinho Frascati Superiore Epos 2009 do produtor Poggio Le Volpi.
O Frascati Superiore Epos é feito com 50% de uvas Malvasia di Candia, 40% de Malvasia

del Lazio e 10% de Trebbiano. Todas as uvas utilizadas são de colheita tardia. 
O vinho resultante tem cor amarelo-palha com reflexos verdes, aroma intenso e complexo

com notas de amêndoas. O sabor é fresco e bastante equilibrado.



E eu como uma curiosa artista plástica pesquisei sobre os
artistas do vinho na Itália e encontrei bonitas pinturas no Museo 
Enologico di Arte Contemporanea di Torrecuso, 
na região da Campania.










































Os artistas italianos das obras acima são: Salvatore Ciaurro,
Rosario Mazzella, Vincenzo Murano.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

LA BIRRA CASTELLEONE

L´abbinamento perfetto tra elementi della natura

                                                                  Cevada e Lúpulo

A cerveja é uma bebida muito popular, mesmo em culturas que apreciam
muito o vinho. Claro que nos dias mais quentes, la birra é a companheira
preferida nas festas, churrascos e, também, nos bares, sejam chiques ou
mesmo "botecos".

Muitas pessoas, além de apreciarem o fermentado, ainda se dedicam à sua
fabricação, em grande ou pequena escala, como é o caso do associado da
Brasilità João Zanin, residente em Campo Largo, que tem uma pequena
fábrica onde produz a cerveja caseira, "A Tradicional", da "Famiglia Zanin",
como anuncia a publicidade da GGA Propaganda, do filho Giovanni Zanin.
E, para apresentar o produto, nada melhor do que os próprios Zanin, pai e
filho, que assim descrevem o precioso líquido:

"Seguindo a receita original trazida pelos imigrantes do século 
passado, o Fermentado de Açúcar e Lúpulo Castelleone resgatou
uma das maiores tradições entre os descendentes europeus.
Conhecida popularmente como Cerveja Caseira, essa bebida é
produzida a partir de matérias-primas selecionadas, seguindo
um rigoroso padrão de qualidade e, principalmente,
mantendo as características que fazem desse produto algo
único e incomparável."







A cerveja caseira Castelleone pode ser encomendada
diretamente com  o João Gilberto Zanin, à Rua Francisco
X. de Almeida Garret, Campo Largo-PR., fone 3392-3872
99296632. 
jg.zanin@uol.com.br

Falando em Campo Largo... no mês de outubro, no dia 1.º
acontecerá a II Festa Italiana da Associação Brasilità, no
Ginásio Polentão, com várias atrações. Ingressos já à venda,
ao preço de R$ 25,00.
Contatos: assoc.brasilita@gmail.com

Enquanto a festa não chega, indico o link de um vídeo de alguns
membros da Brasilità, esquentando a voz, o acordeão e o violão
durante evento recente em Curitiba.


"La Mula de Parenzo" la ri le ra...


Un saluto a tutti gli amici che amano la musica degli immigranti italiani.
Avv. Luis Molossi


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VA PENSIERO... DI VERDI


Questo distinto uomo che vi presento è Giuseppe 
Fortunino Francesco Verdi dipinto da Giovanni 
Boldini nel ano 1886. Inspiradíssimo, foi ele um dos 
compositores mais influentes do séc. XIX. Nasceu em Roncole-Itália, 
em 10 de outubro de 1813. Suas óperas são de uma grandiosidade
difícil de traduzir em palavras. Posso citar algumas: "La donna è mobile"
da ópera Rigoletto, "Va pensiero" de Nabuco, "Libiamo ne'lieti calici"
de La Traviata e a "Grande Marcha" de Aida.
Em uma primeira etapa sofre perdas que direcionam sua obra para uma
nova temática com variações de vozes e acordes melancólicos como em
"Va pensiero" da ópera Nabuco.

Na segunda etapa de sua carreira como compositor, conhecida como
fase do melodrama romântico, abandona os grandes temas
nacionalistas que o animavam até então e volta suas atenções para
os pequenos dramas individuais dos deserdados pela sorte, que são
tratados por ele com profunda compreensão. Ao se aproximar dos
quarenta anos, Verdi cria sua trilogia romântica – Rigoletto, 
Il Trovatore e La Traviata na qual expressa sua maneira de ver
o mundo. O traço comum entre os protagonistas das três óperas é
feito de sofrimento e a humilhação. O corcunda, a cigana
enlouquecida e a cortesã são rejeitados pela sociedade que os
cerca e os despreza.Verdi, entretanto, os trata, através de sua
música, com profunda compreensão e carinho, e isso faz dessas
três óperas as mais queridas de toda a sua produção.

No último dia 12 de março a Itália festejava os 150 anos de sua unificação, 
ocasião em que a Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi,
símbolo da unificação do país, que invocava a escravidão dos Judeus na 
Babilônia,  uma obra não só musical mas, também, política à época em que
a Itália estava sujeita ao império dos Habsburgos (1840).
Silvio Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida
pelo maestro Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, 
Gianni Alemanno – ex-ministro do governo Berlusconi, discursou,
protestando contra os cortes nas verbas da cultura, o que contribuiu para
politizar o evento.
Como Mutti declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, 
clima que se transformou numa verdadeira «noite de revolução»
quando sentiu uma atmosfera de tensão ao se iniciar os acordes do coral
«Va pensiero» o famoso hino contra a dominação.
«Há situações que não se pode descrever, mas apenas sentir; o silêncio
absolutodo público, na expecativa do hino; clima que se transforma em
fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reação visceral do público
quando o côro entoa –‘Ó minha pátria, tão bela e perdida’ - ». 
                                  "O mia Patria, sì bella e perduta!"
Ao terminar o hino os aplausos da platéia interrompem a ópera e o
público se manifesta com gritos de « bis », « viva Itália »,
« viva Verdi ». Das galerias são lançados papéis com mensagens
políticas. Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora
Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro À La Scala de Milão,
o maestro hesitou pois, como ele depois disse : «não cabia um simples
bis; havia de ter um propósito particular».
Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com
que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público,
e com ele o próprio Berlusconi. Fazendo-se silêncio, pronunciou-se
da seguinte forma, e reagindo a um grito de « longa vida à Itália » 
disse RICCARDO MUTTI :
«Sim, longa vida à Itália mas ... [aplausos]. Não tenho mais 30 
anos e já vivi a minha vida,mas como um italiano que percorreu
o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto
aquieço a vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se
deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque
nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava  ‘Ó meu país
belo e perdido' - ("O mia Patria, sì bella e perduta"), eu pensava
que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual se 
assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será
verdadeiramente ‘bela e perdida.[aplausos retumbantes, incluindo
os artistas da peça] Reina aqui um ‘clima italiano’; eu, Mutti me
calei por longos anos. Gostaria agora... nós deveriamos da
sentido à este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da
capital, e com um côro que cantou magnificamente, e que é
magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho
que todos se juntem a nós para cantarmos juntos. »
Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Côro dos Escravos.
Pessoas se levantaram. Toda a ópera de Roma se levantou... O coral
também se levantou. Foi um momento magnífico na ópera! 
Vê-se, também, o pranto dos artistas.
Aquela noite não foi apenas uma apresentação do Nabuco mas,
sobretudo, uma declaração do teatro da capital dirigida aos políticos.


 Approfittate questo momento speciale.






Per quelli che amano l'opera di Verdi, lascio un´altro:




Grazie Sonia Carlini per l'appoggio in questo post.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

FAGIOLATA ALLA BRASILITÀ

Um dos pratos mais ligados à cultura brasileira, a feijoada não foi apenas invenção dos escravos como durante muito tempo se pensou. Segundo o historiador Ivan Alves Filho, pesquisador associado da Unesco, ela é uma criação coletiva, antiga e anônima, fruto da evolução do feijão preto e do charque indígenas e arroz selvagem, fartos nas terras que vieram a formar o Brasil.
Os ingredientes indígenas, a mestria dos fumeiros de Portugal, doutores nos defumados paios, toucinhos e nas lingüiças e a criatividade africana de incorporar ao prato partes do porco como a orelha e o rabinho, que os europeus não consideravam nobres, mostram que a feijoada é resultado (bem sucedido) da união das três culturas que formam a base do País.
Em 1569, o viajante português Pero de Magalhães Gandavo já escrevia sobre o feijão preto, muito consumido pelos índios, mais uma prova que o mais brasileiro dos pratos é o retrato em preto-e-branco (ou em arroz e feijão) do País que o criou.
De acordo com o livro “Feijão Resumos Informativos”, de José Eustáquio Menezes, trazendo depoimentos do historiador Luís da Câmara Cascudo (um dos maiores pesquisadores da cultura brasileira) o qual relata uma conversa que teve com um certo Sr. José Marano Filho que experimentou o prato feijoada em 1897, no Rio de Janeiro, sendo o depoimento mais antigo documentado que se tem notícia.
Na época,o feijão preto era muito abundante no Brasil, tanto que em algumas regiões como no Triângulo Mineiro era servido até como ração animal.
Há relatos que os senhores de terras descendentes dos portugueses
(especialistas na arte do cozido e apreciadores de carne suína) acrescentavam ao feijão preto as partes menos nobres do porco e serviam-na aos escravos, tempos depois observaram que os negros ficaram mais fortes e saudáveis. Concluíram que era por causa do feijão preto (muito rico em ferro) e, a partir daí, a feijoada foi incorporada ao cardápio dos senhores de engenho e depois de todos os brasileiros e sendo o país de dimensões continentais com formação multiracial recebeu de acordo com a região características inovadoras, ousadas e até mesmo ortodoxas.
Feijoada não é só carne de porco e feijão preto.Há versões adaptadas por estrangeiros e outras inventadas por amantes da cozinha.
Criaram o OLUBAJÉ (significa reunião de família para comer em ioruba), prato preparado com lula, polvo, siri, caranguejo e camarão, acompanhado de pirão de mariscos, farofa de camarão, arroz verde e feijão branco.
Há a feijoada polonesa que é feita com feijão branco, cevadinha, batatas, carne de boi e lingüiça branca, sem acompanhamentos, recebendo o nome de TSHOLEN (fogo baixo) por causa de seu preparo onde a mistura típica passa a madrugada de sábado no fogo baixo, sem sequer ser mexida, em respeito ao “shabat” (dia santo para o judaísmo), quando não é permitido chegar perto do fogo.
Os naturalistas adaptaram a feijoada macrobiótica que é feita a base de feijão preto, legumes variados e frango.
No Pará é conhecida como MANIÇOBA e é curiosa, pois não tem o ingrediente… feijão!
O grão é substituído por folhas de mandioca que, antes de irem para a panela são colocadas cozidas durante três dias, para sair o veneno e depois moídas.
No Nordeste a curiosidade é que o feijão preto é substituído pelo roxinho e há a inovação de acrescentar vegetais como cenoura, abóbora e repolho que são acrescentados junto com as partes do porco .


Para uma boa feijoada é necessária a escolha de bons ingredientes, a retirada 
do excesso de gordura, a fervura à parte das carnes e a paciência em lidar com
isto por no mínimo 12 horas. E isto, minha amiga e associada da Brasilità Lurdes
tem de sobra. Em maio deste ano tivemos a oportunidade de nos reunir e 
saborear a deliciosa Feijoada ítalo-brasileira da Lurdes. Ítalo pois a bebida foi
o vinho tinto. Para um domingo frio é uma excelente combinação.

Alcune foto dell'evento di 14 maggio 2011:

Rose Capello Silva  e  Maurizio Calcopietro

 Marcel e Ana Paula D'Almeida

Sérgio Vaz, Marlene Ogliari, Fatima e Claudino Previati


Lurdes Presentato, Giancarlo Trevisan, Solange e Sonia Alberti 

Pedro, il più giovane invitato 

Apresentação e bingo divertido

Claudia Presentato recebe seu prêmio

Edevar Perin, um dos ganhadores



Os italianos adoram nossa feijoada e não dispensam a famosa caipirinha. 
Encontrei até uma receita de feijoada em italiano em um site na Itália, e
posto para vocês...... treinarem o idioma.






"FAGIOLATA

Ingredienti

1 zampetto di maiale,
200 gr. di carne magra di maiale
3 salsicce di maiale,
200 gr. di cotenna di maiale,
200 gr. di pancetta affumicata,
due carote (?),
2 cipolle,
1 costa di sedano,
2 spicchi d'aglio (?),
1 ciuffo di prezzemolo,
2 foglie di alloro,
mezzo cucchiaino di noce moscata,
olio, sale, pepe

Modo di preparare
Lasciate a bagno in acqua fredda i fagioli per 12 ore, e, per lo stesso periodo, in altro recipiente, lo zampetto, la cotenna, l'orecchio e la pancetta. Passato questo periodo, mettete tutta questa carne in una pentola con altra acqua e fatela lessare per 35-40 minuti. In un'altra pentola dai bordi alti fate bollire per 40 minuti i fagioli (?), poi aggiungete la carne di maiale che avete lessato, e dopo una decina di minuti anche la carne magra di maiale, le salsicce, l'alloro e il sale, fate cuocere per altri 30-35 minuti.Tritate la cipolla e l'aglio e fate rosolare in un tegame con l'olio, aggiungete il pepe, mescolate bene. Aggiungete il composto alla pentola dove avete cotto i fagioli e la carne e cuocete ancora per 15-20 minuti, poi unite il prezzemolo tritato e servite dopo aver tagliato la carne a pezzi (?)."

Molto strana questa riceta italiana, ma quella della nostra amica Lurdes è.... UN GRAN SEGRETO!