Um dos pratos mais ligados à cultura brasileira, a feijoada não foi apenas invenção dos escravos como durante muito tempo se pensou. Segundo o historiador Ivan Alves Filho, pesquisador associado da Unesco, ela é uma criação coletiva, antiga e anônima, fruto da evolução do feijão preto e do charque indígenas e arroz selvagem, fartos nas terras que vieram a formar o Brasil.
Os ingredientes indígenas, a mestria dos fumeiros de Portugal, doutores nos defumados paios, toucinhos e nas lingüiças e a criatividade africana de incorporar ao prato partes do porco como a orelha e o rabinho, que os europeus não consideravam nobres, mostram que a feijoada é resultado (bem sucedido) da união das três culturas que formam a base do País.
Em 1569, o viajante português Pero de Magalhães Gandavo já escrevia sobre o feijão preto, muito consumido pelos índios, mais uma prova que o mais brasileiro dos pratos é o retrato em preto-e-branco (ou em arroz e feijão) do País que o criou.
Em 1569, o viajante português Pero de Magalhães Gandavo já escrevia sobre o feijão preto, muito consumido pelos índios, mais uma prova que o mais brasileiro dos pratos é o retrato em preto-e-branco (ou em arroz e feijão) do País que o criou.
De acordo com o livro “Feijão Resumos Informativos”, de José Eustáquio Menezes, trazendo depoimentos do historiador Luís da Câmara Cascudo (um dos maiores pesquisadores da cultura brasileira) o qual relata uma conversa que teve com um certo Sr. José Marano Filho que experimentou o prato feijoada em 1897, no Rio de Janeiro, sendo o depoimento mais antigo documentado que se tem notícia.
Na época,o feijão preto era muito abundante no Brasil, tanto que em algumas regiões como no Triângulo Mineiro era servido até como ração animal.
Há relatos que os senhores de terras descendentes dos portugueses
(especialistas na arte do cozido e apreciadores de carne suína) acrescentavam ao feijão preto as partes menos nobres do porco e serviam-na aos escravos, tempos depois observaram que os negros ficaram mais fortes e saudáveis. Concluíram que era por causa do feijão preto (muito rico em ferro) e, a partir daí, a feijoada foi incorporada ao cardápio dos senhores de engenho e depois de todos os brasileiros e sendo o país de dimensões continentais com formação multiracial recebeu de acordo com a região características inovadoras, ousadas e até mesmo ortodoxas.
(especialistas na arte do cozido e apreciadores de carne suína) acrescentavam ao feijão preto as partes menos nobres do porco e serviam-na aos escravos, tempos depois observaram que os negros ficaram mais fortes e saudáveis. Concluíram que era por causa do feijão preto (muito rico em ferro) e, a partir daí, a feijoada foi incorporada ao cardápio dos senhores de engenho e depois de todos os brasileiros e sendo o país de dimensões continentais com formação multiracial recebeu de acordo com a região características inovadoras, ousadas e até mesmo ortodoxas.
Feijoada não é só carne de porco e feijão preto.Há versões adaptadas por estrangeiros e outras inventadas por amantes da cozinha.
Criaram o OLUBAJÉ (significa reunião de família para comer em ioruba), prato preparado com lula, polvo, siri, caranguejo e camarão, acompanhado de pirão de mariscos, farofa de camarão, arroz verde e feijão branco.
Há a feijoada polonesa que é feita com feijão branco, cevadinha, batatas, carne de boi e lingüiça branca, sem acompanhamentos, recebendo o nome de TSHOLEN (fogo baixo) por causa de seu preparo onde a mistura típica passa a madrugada de sábado no fogo baixo, sem sequer ser mexida, em respeito ao “shabat” (dia santo para o judaísmo), quando não é permitido chegar perto do fogo.
Os naturalistas adaptaram a feijoada macrobiótica que é feita a base de feijão preto, legumes variados e frango.
No Pará é conhecida como MANIÇOBA e é curiosa, pois não tem o ingrediente… feijão!
O grão é substituído por folhas de mandioca que, antes de irem para a panela são colocadas cozidas durante três dias, para sair o veneno e depois moídas.
O grão é substituído por folhas de mandioca que, antes de irem para a panela são colocadas cozidas durante três dias, para sair o veneno e depois moídas.
No Nordeste a curiosidade é que o feijão preto é substituído pelo roxinho e há a inovação de acrescentar vegetais como cenoura, abóbora e repolho que são acrescentados junto com as partes do porco .
Para uma boa feijoada é necessária a escolha de bons ingredientes, a retirada
do excesso de gordura, a fervura à parte das carnes e a paciência em lidar com
isto por no mínimo 12 horas. E isto, minha amiga e associada da Brasilità Lurdes
tem de sobra. Em maio deste ano tivemos a oportunidade de nos reunir e
saborear a deliciosa Feijoada ítalo-brasileira da Lurdes. Ítalo pois a bebida foi
o vinho tinto. Para um domingo frio é uma excelente combinação.
Alcune foto dell'evento di 14 maggio 2011:
Rose Capello Silva e Maurizio Calcopietro
Marcel e Ana Paula D'Almeida
Sérgio Vaz, Marlene Ogliari, Fatima e Claudino Previati
Lurdes Presentato, Giancarlo Trevisan, Solange e Sonia Alberti
Pedro, il più giovane invitato
Apresentação e bingo divertido
Claudia Presentato recebe seu prêmio
Edevar Perin, um dos ganhadores
Os italianos adoram nossa feijoada e não dispensam a famosa caipirinha.
Encontrei até uma receita de feijoada em italiano em um site na Itália, e
posto para vocês...... treinarem o idioma.
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Molto strana questa riceta italiana, ma quella della nostra amica Lurdes è.... UN GRAN SEGRETO!
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